Roberto Shinyashiki aponta 3 erros que acabam com a carreira
Divulgação
Roberto Shinyashiki: "só trabalhar duro não define o sucesso na carreira"
São
Paulo - Trabalhar bastante não dá mais acesso direto a um voo sem
escalas para vitória profissional. Basta ver a quantidade de pessoas que
se doa à profissão e, mesmo assim, não consegue se destacar da multidão.
“Com esse mundo cada vez mais tecnológico, só trabalhar duro não define o sucesso na carreira.
O que antigamente precisava de muito esforço, hoje é mais prático e
rápido”, diz Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra e terapeuta, autor
de livros e um dos palestrantes mais requisitados do Brasil.
De
acordo com ele, escolher uma profissão que está em alta no mercado, ou
que tradicionalmente paga bem, também não é sinônimo de êxito. “Eu sou
médico e vejo que poucos colegas brilharam, enquanto outros ficaram
bons. Mas a maioria não realizou o sonho da independência financeira”,
conta. Ele diz estimar que 70% dos profissionais fiquem "patinando" sem
sair do lugar na carreira, 20% fiquem bem na profissão e que só 10%
acabam tendo muito sucesso.
“O
que é mais importante são as competências que a pessoa precisa ter para
ser um bom profissional e isso não se ensina na faculdade. A faculdade
oferece conhecimento, não a atitude”, diz Shinyashiki.
Tendo
em vista esse cenário mais complexo, ele aponta algumas correções de
rota que todo profissional deve fazer para atingir os resultados
desejados em qualquer área de trabalho. Três erros são especialmente
prejudiciais ao sucesso, segundo Shinyashiki. Confira quais:
1. Não entender a dinâmica do negócio
Um
exemplo de quem comete este erro está explicado no seu mais recente
livro “A Nova Lógica do Sucesso” (Editora Gente) e recebe o nome de
especialista solitário. O tipo é descrito como o profissional que coloca
sua atenção em um computador e fica só nisso: o dia inteiro fazendo
seus projetos, sem entender o objetivo daquilo.
“Para
se valorizar na empresa você tem que ajudar o chefe e seus colegas a
realizarem as metas. Quando você faz isso, começa a entender porque o
projeto existe, começa a integrar os departamentos e aí se valoriza”,
diz Shinyashiki. O reconhecimento no mundo corporativo vem para quem vai
além da ação e passa a ser estratégico para a organização.
Shinyashiki
faz uma distinção entre três tipos de profissional: os operacionais,
aqueles que tocam projetos inteiros e os estratégicos, que têm visão do
negócio. “Esse último é o tipo de profissional que vai cada vez mais ser
valorizado. Infelizmente, tem gente que só faz um tipo de trabalho”,
diz.
2. Não estudar
Conhecer
bem o mercado, seu funcionamento e sua margem de lucro é fulcral para
ascender. Antes de escolher uma profissão, área de atuação ou negócio
para investir é preciso reunir o máximo de informação possível.
“Pesquise, assista a palestras, vídeos, leia livros, converse com
palestrantes e professores ligados à sua área de atuação”, indica
Shinyashiki.
Empresas
quebram e profissionais fracassam por falta de conhecimento ou método.
“Estamos vendo agora o setor hoteleiro perdendo espaço para o Airbnb, as
cooperativas de táxis perdendo espaço para a Uber porque ficaram presos
a um mercado e não a uma necessidade do cliente fazer negócio. Eles não
perceberam que o cliente estava insatisfeito e queria uma nova maneira
de se relacionar”, diz.
Quem
tem sucesso na carreira é o profissional que consegue resolver o
problema do cliente, seja ele interno (gestores e colegas de trabalho)
ou externo. Para isso há que se entender demandas e queixas que,
eventualmente, podem afastá-lo da empresa ou dos seus serviços.
Como
fazer diferente? Shinyashiki dá o exemplo que veio em uma palestra de
que participou em que a palestrante falou de uma empresa de viagens que
recebia muita reclamação sobre a entrega da bagagem. A primeira solução
adotada foi a de contratar mais pessoas e o resultado foi a diminuição
do tempo de entrega da bagagem de 14 minutos para 8 minutos.
No
entanto, as reclamações não cessaram. “Eles resolveram fazer um estudo e
descobriram que mesmo conseguindo entregar a bagagem em menos tempo
havia a dificuldade de soltar o cliente mais rápido para pegar as
malas”, diz.
A
descoberta de que desembarque era o calcanhar de Aquiles da companhia
só foi possível porque a empresa realmente se interessou em resolver o
problema de seus clientes e foi a fundo na sua pesquisa.
3. Falta de intensidade
Só
dedicação não basta, mas, sem ela, nada feito. “Se você quiser atingir
uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão
tomando chope com batatas fritas”, diz Shinyashiki.
Falar
inglês, por exemplo, é a competência que falta para atingir um novo
patamar na profissão? Não são duas horas por semana que vão resolver,
segundo ele.
“Você
só aprenderá verdadeiramente a língua quando se aprofundar, ler livros,
ver filmes, fazer amizades com pessoas com as quais possa conversar em
inglês”, explica Shinyashiki.
Não
há escapatória: sucesso se constrói durante a noite. “Durante o dia
você faz o que todos fazem. Se fizer igual a todo mundo, obterá os
mesmos resultados”, diz.
Comentários
Postar um comentário