Empreendendo de dentro para fora
São
Paulo – Quando se fala em empreendedorismo, a maioria das pessoas
pensa, em primeiro lugar, em ter sua própria empresa e, por
conseqüência, em inovar olhando para um futuro fora do local onde
trabalha no momento. O segredo, porém, para Sandro Magaldi, está em
empreender dentro da própria empresa. CEO do site meusucesso.com,
pesquisador e professor do MBA da ESPM e FIA, ele foi palestrante na 6ª
edição do Fórum VAGAS, realizado em São Paulo nesta última terça-feira,
26.
O
intraempreendedorismo pode, segundo Sandro, ser a resposta para a
demanda de inovação em empresas que têm ficado cada vez mais obsoletas e
perdido talentos para as startups, por exemplo. Empreender não passa,
no final das contas, de uma questão de tomar risco, acompanhar a
velocidade das mudanças e trazer novas ideias para o negócio. Então, por
que não trazer tudo isso para um lugar já conhecido pelo profissional?
Sandro
acredita que empreender internamente é uma tendência do mercado – tanto
para as empresas, quanto para profissionais. Isso porque as companhias
fazem cada vez mais parcerias com universidades, programas de incentivo
interno e concursos para mapear startups, o que significa que as
corporações querem trazer a inovação para dentro dos seus negócios.
Segundo o pesquisador, porém, os gestores estão deixando de olhar para
dentro da empresa. “Você tem mil funcionários, será que não tem 100
desses que fariam a diferença? É impossível que as organizações vivam
com essa perda de talentos incríveis”, diz Sandro em entrevista à Você
S/A. A solução, segundo o palestrante, seria unir então a maturidade e
experiência de profissionais mais velhos com o espírito de startup dos
jovens.
Sandro
Magaldi ainda destacou a principal diferença entre ter espírito
empreendedor e ser um intraempreendedor. Enquanto ter um espírito
empreendedor está mais relacionado à atitude, proatividade e a querer
buscar uma realização, o intraempreendedor coloca a ideia em prática e
gera disso um novo negócio, um novo produto ou um novo serviço. “São
outras competências. Eu tenho que ter posses e ter uma visão de execução
para empreender um negócio. Não basta só ter a atitude de querer
fazer”, definiu Sandro.
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